"Fazer o Portugal Lés-a-Lés com a nova Lambretta G350 Special foi mais do que atravessar o país — foi descobri-lo de verdade, com olhos atentos, tempo para parar e alma aberta à surpresa. Cada quilómetro trouxe algo novo, e cada paragem foi um pequeno mundo a revelar.
Logo nos primeiros dias, a travessia da Serra da Estrela marcou a viagem — com as suas curvas exigentes, altitudes desafiantes e paisagens de cortar a respiração. Território onde os grandes motores costumam brilhar… mas foi a Lambretta G350 Special que triunfou.
Ágil, estável e incrivelmente firme nas curvas, mostrou que o verdadeiro estilo também sabe dominar a montanha. Passou por muitos com mais cilindrada, provando que o equilíbrio conta tanto como a força.
Seguiu-se o encantador Castelo de Almourol, erguido numa pequena ilha no Tejo — cenário quase mágico, onde a Lambretta parecia fazer parte da paisagem. Um daqueles lugares onde o tempo abranda e o silêncio diz mais que mil palavras.
Mais à frente, Portalegre revelou-se com as suas ruas tranquilas e envolventes, onde o património e o calor humano se encontram sem esforço. Subir até Monsaraz, então, foi como entrar num quadro. Ruas de calçada, casas brancas e uma vista de perder o fôlego sobre o Alqueva. E na pequena igreja de Monsaraz, soube da tradição: quem toca no altar, acaba por casar.
Claro que toquei. Sem hesitar. Porque algumas lendas merecem ser levadas a sério — ou pelo menos vividas com um sorriso.
Outro momento marcante foi visitar a aldeia da Luz, a aldeia que foi movida pedra a pedra para dar lugar ao grande lago do Alqueva. Andar pelas suas ruas, sabendo que tudo aquilo foi reconstruído para preservar uma comunidade, emociona. É uma história de resistência, memória e identidade.
E no fim, depois de centenas de quilómetros, sorrisos trocados e histórias acumuladas, chegou o desfecho em Faro. O mar no horizonte, o calor algarvio no rosto e a sensação de missão cumprida — com a Lambretta ao meu lado, fiel e elegante até ao último metro.
Descobrir Portugal como nunca o tinha visto, ao ritmo da Lambretta — foi uma experiência que fica para sempre.
Uma viagem com alma, num país cheio de histórias."
"Assim começou uma aventura que andava a magicar na minha cabeça, poder um dia fazer , um Lés a Lés de Lambretta.
A ideia embora não inovadora mas suficientemente desafiadora acataria uma série de peripécias que se esperavam, para preencher o imaginário de qualquer aventureiro mais tradicional do Lés a Lés.
Foi assim que encarei o desafio lançado pela equipa Lambretta e sem qualquer dúvida uma experiência única com uma equipa divertida e com muita mas mesmo muita energia e sentido de humor.
Já a Lambretta G300 essa cumpriu e tirou sorrisos e gargalhadas nos mais de 1300 km feitos desde o périplo em Penafiel até ao palanque de celebração final em Faro.
É uma experiência que aconselho a toda a gente que o puder fazer pois a Lambretta irá surpreender pela disponibilidade de motor mas também pelo conforto demonstrado.
Seria seguramente uma experiência que voltaria a repetir."
"Pilotar uma lambreta 350 tornou esta experiência ainda mais especial. Esta mota combina o charme clássico e intemporal do design das lambretas com uma potência surpreendente, tornando-a ágil e confortável para qualquer percurso. A versão 350 destaca-se pela sua performance robusta, permitindo uma condução fluida e dinâmica, sem perder o estilo vintage que a torna única na estrada. É o equilíbrio perfeito entre tradição e modernidade, oferecendo não só uma estética icónica, mas também uma mota prática e prazerosa de conduzir.
Desde o primeiro momento, senti a emoção de fazer parte de um grupo apaixonado por estas máquinas clássicas, que nos levaram por paisagens deslumbrantes, desde o litoral até ao interior, passando por aldeias pitorescas e estradas que pareciam feitas à medida para este tipo de passeio.
O convívio foi outro ponto alto: conhecer pessoas de todas as regiões, partilhar histórias, dicas e aquela camaradagem que só quem gosta de lambretas consegue entender. Cada paragem era uma oportunidade para descansar, apreciar a gastronomia local e renovar energias para a próxima etapa.
Andar de lambretta é sentir a liberdade e a adrenalina a cada curva. O inesperado surge no momento em que se inclina a mota, trazendo surpresa e emoção. Cada curva é uma nova aventura, onde o piloto e a estrada se tornam um só. Uma mota criada para a cidade que nos acompanhou com a maior distinção em mais de 1000km fora de cidade!
O percurso foi desafiante mas muito gratificante. Sentir o vento no rosto, o som característico da lambreta e a liberdade de explorar Portugal de uma forma tão autêntica foi simplesmente espetacular. A organização esteve impecável, garantindo segurança e diversão durante todo o trajeto.
No final do LES A LES, senti uma enorme satisfação e já estou a contar os dias para o próximo encontro. Esta experiência não foi só uma viagem, foi uma celebração da paixão pelas lambretas e pela descoberta do nosso país de uma forma diferente e emocionante.
Se ainda não participaram, recomendo vivamente que se juntem a esta aventura. É uma oportunidade única de criar memórias inesquecíveis, fazer novos amigos e, claro, desfrutar da magia das lambretas — especialmente numa lambreta 350, que oferece uma combinação exclusiva de estilo, potência, agilidade e conforto.
Até ao próximo momento Lambretta! "
"Participar na 27.ª edição do Lés-a-Lés foi muito mais do que uma aventura mototurística. Foi uma verdadeira viagem de sensações, de paisagens e de encontros inesperados – comigo próprio, com outros apaixonados pelas duas rodas e com um país que nunca deixa de surpreender.
Escolhi fazê-lo aos comandos de uma Lambretta 125cc. Sim, 125. E sim, uma escolha que fez muitos levantar uma sobrancelha, eu próprio😂— até perceberem do que é que esta pequena clássica é capaz.
Ao longo dos quilómetros que ligaram o país de norte a sul, a Lambretta mostrou-se incansável. Confortável como poucas, sólida na construção, surpreendente nos consumos (sempre contidos) e, acima de tudo, estável e segura mesmo nos traçados mais exigentes. A travagem? Precisa e confiante. O desempenho? Mais do que suficiente para acompanhar o ritmo e desfrutar da estrada como ela merece.
Tive também o privilégio de fazer parte de um grupo de seis motas — um grupo espectacular, bem disposto, com espírito de entreajuda e muitas gargalhadas à mistura. Foi esse companheirismo que tornou cada etapa ainda mais especial.
Esta viagem foi feita de paisagens de cortar a respiração, de sabores regionais que ficam na memória e de histórias partilhadas entre paragens, curvas e cafés. Vivenciei o Portugal profundo, o autêntico – e fiz parte de uma caravana onde cada moto, cada piloto, tem uma história única.
E a minha foi esta: uma Lambretta 125, uma vontade enorme de explorar, amigos na estrada e a certeza de que, às vezes, é nas escolhas menos óbvias que encontramos as maiores recompensas.
Já tenho saudades. E mal posso esperar por repetir a experiência."
Pedro Messias